Quem passa pela Igreja Santa Teresinha hoje, com sua praça remodelada e suas ruas calçadas e bem iluminadas, não consegue imaginar como era o lugar no início dos anos 1950.
Segundo relato da senhora Judith Gonçalves Gomes Pinchiari, que mudou-se para o bairro (aonde ainda mora até hoje) logo após casar-se, em 1952, com Laerte Francisco Pinchiari, o local era formado por várias chácaras, cujos donos são hoje ilustres nomes de ruas e praças da cidade. Laerte, aliás, se tornaria mais tarde fundador do Centro Cívico.
Um desses proprietários, José Soares de Oliveira, que vendia lotes de terra onde hoje é o bairro, ergueu a primeira capela, por volta de 1950. Logo, ela se tornou ponto de encontro dos moradores que começavam a povoar o Santa Terezinha.
Além de ponto de encontro, a capela também tornou-se polo de concentração popular. Tanto que várias pessoas assistiam a missa do lado de fora, pois dentro havia apenas dois bancos, como relembra Judith. Para se ter uma ideia da importância do local, o primeiro comício de Lauro Gomes como candidato foi ali. O próprio Bispo vinha uma vez por mês celebrar a missa na capela.
Com o crescimento do bairro e dos fiéis, aumentou a necessidade de ampliar a capela. Para isso, o Bispo Don Jorge pediu para que Marcelino Capitanio tomasse as rédeas. Com a ajuda de moradores como João Chiaveti, Piva, João Miolaro, Ítalo, Ovídio, professora Aparecida, Oliverio Batistini entre outros, começaram a organizar quermesses e bingos para angariar fundos destinados à nova construção. “Tenho até hoje uma tábua para fazer polenta”, conta Judith, lembrando do prêmio que ganhou em um desses bingos.
“Para angariar recursos, recebiam doações de todos os tipos, desde móveis das fábricas até galinhas e cachos de banana que eram leiloados por Marcelino”, conta a senhora Isaura Ana Tereza Capitanio, esposa de Marcelino.
Os alicerces foram feitos através de mutirão. Depois, com o dinheiro arrecadado, pedreiros foram contratados para erguer a nova igreja. Os tijolos vieram das olarias da família Demarchi, assim como outros materiais.
Em 1962, dez anos depois de José Soares ter construído a primeira capela, a nova Igreja de Santa Teresinha seria inaugurada com uma missa celebrada pelo Bispo Don Jorge.
Mas a coisa não parou por aí, logo foi preciso erguer uma torre para a igreja. Isso foi conseguido pelo Pe. Oscar, com a ajuda de recursos vindos da Alemanha. Mais tarde, através do GEVU (Grêmio Esportivo das Vilas Unidas), onde Marcelino Capitanio era diretor, foi conseguido o terreno da prefeitura para a construção de um salão, da Casa Paroquial e, mais tarde, de um novo salão.
Através dos anos, vários padres fizeram parte da vida da comunidade da Igreja Santa Teresinha. O primeiro deles foi o padre Carlos Piasentin, vindo a seguir padre João Maistro Filho, padre Oscar, padre Amaral (que permaneceu durante 22 anos), padre Antonio Naves, Padre Moacir; e padre Eanes, que continua na comunidade. Sem esquecer do padre José, que vinha da Vila Carrão celebrar as missas na Igreja Santa Teresinha.
Muitos outros nomes foram e são importantes até hoje na história da igreja. Nomes como Rubens Lopes, Vasco Savordele, Giovani Lazarin, família Gastaldo, Guerino Zanutto, Afonso Capitanio, Silvio Braz Zanutto e tantos outros anônimos que se empenharam e continuam a trabalhar para que a Igreja Santa Teresinha continue firme como referência para a comunidade.
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